quinta-feira, 5 de junho de 2014

II - Frenesi


Foto de Jan Welters


Frenesi

No carinho das noites estreladas
Mítico para ser todo delírio
Na seara de vozes encantadas
Timbra singelo tom como colírio

A noite está de mãos deliciadas
Tão cúmplice de nós, em prata lírio
A perpetrar nas áreas mais sagradas
Onde o prazer invade quente e frio

Cálice borbulhante de cristais
A retinir os ais inquietamente
Por suspiros letárgicos, -demais-

No frenesi dos corpos mais demente
Radiante gosto, campos siderais
Numa boca enroscada em cada ventre

Miguel Eduardo Gonçalves

2 comentários:

  1. Na belíssima seara dos versos teus, "Frenesi" "perpetra" dentre sagrados meandros de borbulhantes "ais". LINDÍSSIMO!!! Bjs.

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, Marilândia, por aqui o pensamento voa e como sente se reproduz...

    ResponderExcluir