Foto de António Botto
Serpenteante
Naqueles olhos acordados como festa
O meu sentir pelo que vejo desjejua
Como se à luz de um novo esboço a visse nua
Desenharia ela insuspeita e ao que se presta
Na dança em que uma perna aponta para a lua
Palpita a marca umedecida que me arresta
E entre os cabelos dessa boca na floresta
Luzindo mostra-se rubor que se acentua
Segue o delírio debruçado na visão
Treme o pincel que em tinta expele um ser ardente
Daquelas coxas separadas de paixão
Eis que onde corre o pensamento mais carente
Nestas palavras que inexplicam a razão
Mora a pintura de um poeta de repente
O meu sentir pelo que vejo desjejua
Como se à luz de um novo esboço a visse nua
Desenharia ela insuspeita e ao que se presta
Na dança em que uma perna aponta para a lua
Palpita a marca umedecida que me arresta
E entre os cabelos dessa boca na floresta
Luzindo mostra-se rubor que se acentua
Segue o delírio debruçado na visão
Treme o pincel que em tinta expele um ser ardente
Daquelas coxas separadas de paixão
Eis que onde corre o pensamento mais carente
Nestas palavras que inexplicam a razão
Mora a pintura de um poeta de repente
(Miguel Eduardo Gonçalves)
Na frequente edição do belo sensual, o poeta sistematicamente, expõe as variantes do que aos olhos, dá prazer, e à mente, as sempre reticências e fortes expressões corporais, que consome o ser... beijos da l-
ResponderExcluir"...Nestas palavras que inexplicam a razão..." embriagadas luzes serpenteiam...
ResponderExcluirMAGNÍFICO VERSEJAR! Bjs.