sábado, 12 de julho de 2014

XVIII - APAIXONADAMENTE


Apaixonadamente

Do sexo a liberdade é temporada
Indissociavelmente da libido
E quanto mais a posse é então velada
O espasmo nos repassa ensandecido.

Triunfo dá-se em fome alimentada
 
Da natureza é lei e não conflito
Efêmero arrepio nos arrecada
Na pele é indisfarçável veredito...
 

E essa linguagem física é a cena
Que impaciente insiste c'os sentidos
Alargando-se à gente numa arena!
 

Que fins mais refinados acendidos
São esses que dominam à mão-pequena
Os dias que se vendem por gemidos?

Miguel Eduardo Gonçalves

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