E nada há mais além
desse requinte
Que indique
claramente o que fazer
Querer outro não há,
por conseguinte
Senão um mar em
ondas de prazer
Não é um faz de
conta e nem o acinte
Que negue à tentação o acontecer
E a noite de paixão é o seguinte
Resume o frenesi no entorpecer
Menina, és a ventura em que
desfila
A reluzir um mimo benfazejo
Que vejo na luxúria da pupila
Corporal é o titânico desejo
Que em teu beijo reflete-se,
destila
A quente majestade do cortejo
(Miguel Eduardo Gonçalves)
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