sexta-feira, 1 de agosto de 2014

XX - REQUINTE




E nada há mais além desse requinte
Que indique claramente o que fazer
Querer outro não há, por conseguinte
Senão um mar em ondas de prazer

Não é um faz de conta e nem o acinte
Que negue à tentação o acontecer
E a noite de paixão é o seguinte
Resume o frenesi no entorpecer

Menina, és a ventura em que desfila
A reluzir um mimo benfazejo
Que vejo na luxúria da pupila

Corporal é o titânico desejo
Que em teu beijo reflete-se, destila
A quente majestade do cortejo


(Miguel Eduardo Gonçalves)

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